Chegámos à Costa Nova num dia de sol de inverno. Estamos numa língua de terra, entre a ria de Aveiro e o oceano Atlântico, de onde as redes de pesca eram puxadas por parelhas de bois.

Para guardarem as suas redes e outros materiais, os pescadores foram construindo, desde inícios do séc. XIX, palheiros na Costa Nova. Eram edifícios sem divisões, uma espécie de armazéns, que mais tarde foram pintando com riscas de cores alegres: vermelhas, azuis, amarelas, verdes. Tornaram-nos, assim, originais e tão bonitos que os palheiros se foram transformando em casas, maioritariamente de férias.

Não sei se ainda aí vivem descendentes de pescadores, mas quem quer que seja tem amor por estas construções típicas, porque as riscas mantêm-se garridas, há vasos de flores nas janelas e cortinas com rendas brancas a espreitar pelas janelas.

O peixe, esse, continua a ser pescado na Costa Nova, como tivemos oportunidade de ver no mercado local – uma variedade e frescura tais que apetecia levar tudo para casa.

Enquanto caminhamos pela avenida principal, sobre peixes desenhados em calçada portuguesa, há dois miúdos que largam as bicicletas para irem falar com um papagaio; pessoas que passeiam a pé; várias a tirar fotografias e selfies e tantas outras a apreciar o sol de inverno nas esplanadas, vendo passar quem gosta desta terra que os homens do mar tornaram única.

Quanto aos pescadores, ainda vimos alguns a pintar um barco e a guardar os seus materias numas casinhas de madeira, lá no fundo da povoação.

Onde comemos

Canastra do Fidalgo: situado na avenida principal da Costa Nova, a especialidade deste restaurante não podia ser senão da ria ou do mar. Gostámos quer da sopa de peixe quer da cataplana de marisco, ainda que esta última desejasse mais variedade. Nada que um maravilhoso bolo de bolacha com ovos moles de Aveiro não compensasse. Para a próxima, provarei o pão-de-ló de Ovar com molho de frutos do bosque, pelo qual um dos simpáticos empregados do restaurante me deixou a suspirar.

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