Devido à pandemia do Covid-19, estivemos dois meses em casa, de onde só saímos para fazer compras essenciais.
O primeiro passeio que fizemos após este período de confinamento foi na Reserva Natural das Lagoas de Santo André e da Sancha, uma área protegida a hora e meia de Lisboa, onde sabíamos que encontraríamos poucas pessoas.
Situada no Alentejo e estendendo-se ao longo de 16 km, na costa de Sines e Santiago do Cacém, a Reserva Natural inclui, como o nome indica, duas lagoas: a Lagoa de Santo André, a maior do litoral alentejano, e a Lagoa da Sancha, de dimensões mais reduzidas, além de pequenas lagoas em depressões dunares, conhecidas como “poços”.
As lagoas têm uma relevante importância biológica, atraindo milhares de aves. Em termos de flora, esta área protegida também é bastante rica e diversificada, estando identificadas 510 espécies de plantas.
Ora foi para aqui que fomos caminhar num dia de primavera: quer entre os pinheiros e a vegetação florida, quer na praia, tendo o areal e o mar só para nós.
De entre os 5 percursos pedestres existentes na Reserva Natural das Lagoas de Santo André e da Sancha, optámos pelo trilho “Poços do Barbarroxa”.
Ficha do Percurso dos Poços do Barbarroxa
- Extensão | 4 km
- Duração | 2 horas
- Dificuldade | Média (trilho de areia)
- Tipo de itinerário | Circular
- Ponto de partida e chegada | Estacionamento da praia do Monte Velho (Porto das Carretas)
O trilho passa junto a três “poços”, localizados na base de uma duna que corre paralelamente à costa; transpõe depois essa duna e termina com uma caminhada pelo extenso areal da praia do Monte Velho.
Ao longo da floresta, não nos cruzámos com ninguém, nem mesmo com o Barbarroxa. Reencontrámos pinheiros mansos e bravos. Observámos e fotografámos a floração da vegetação. Ouvimos vários pássaros e o agitar das copas das árvores. Respirámos ar puro. Esticámos as pernas. Corremos de alegria quando transpusemos a duna e chegámos à praia. Encontrámos um areal a perder de vista. Matámos saudade do mar. Admirámo-nos com uns pilritos a olhar para a rebentação. Fugimos das ondas a rir. Sentimo-nos livres.
Adeus confusão, preocupação, incerteza sobre o futuro, ansiedade e medo provocados pela pandemia.
Olá alegria!
O que levar
- Botas de caminhada (segundo a nossa experiência, é a melhor opção para caminhar na areia);
- Roupa leve e confortável;
- Mochila pequena;
- Água;
- Comida energética ou um piquenique;
- Telemóvel (sobretudo para emergências);
- Protetor solar;
- Fato de banho, se quiser dar um mergulho na praia;
- Saco para o lixo.
Caminhada realizada no dia 17 de Maio de 2020
Mais sobre a Reserva Natural
- Guia rápido para visitar a Reserva Natural das Lagoas de Santo André e da Sancha
- A pé até à Casa do Peixe, com os olhos postos na Lagoa de Santo André
- Trilho da Lagoa da Sancha, um instante raro de plenitude
Se gostou deste artigo, pode deixar um comentário em baixo e seguir-nos através do Instagram e Facebook. A si não custa nada e a nós motivar-nos-á a partilhar mais experiências de viagem. Boas viagens à solta!