O que visitar em Reykjavík e na Península de Reykjanes

1. Península de Reykjanes

Este será, certamente, o seu ponto de entrada na Islândia, já que é no extremo ocidental desta península que se encontra o Aeroporto Internacional de Keflavik, próximo da capital do país. Trata-se de uma zona coberta de camadas de lava oriundas de erupções relativamente recentes, onde abundam focos de atividade geotérmica. Por isso, é uma área bastante desprovida de vegetação, existindo apenas mantos de musgo.

O principal ponto de interesse da península é, sem dúvida alguma, a Blue Lagoon (em islandês: Bláa lónið). Este spa ultra moderno, com lagoas de águas azuladas e quentes, é um ótimo lugar para relaxar quer no início quer no final da viagem como forma de descansar os músculos doridos. Por muito frio que esteja cá fora, as suas águas entre os 37ºC e os 39ºC, rodeadas de uma paisagem do outro mundo, fazem-nos sentir que vale a pena pagar cerca de 40 Euros pela entrada. As instalações incluem também umas ótimas salas de sauna e banho turco e uma zona de massagens, esta última paga à parte.

Caso considere o preço excessivo e planeie dar a volta completa à ilha, na zona nordeste existem umas lagoas semelhantes (Mývatn Nature Baths) a sensivelmente metade do preço sendo, no entanto, a qualidade também inferior.

Outros pontos de interesse secundários na Península de Reykjanes são: a ponte entre os dois continentes ou as áreas em ebulição de Svartsengi e Hengill, onde a energia geotérmica é aproveitada para gerar eletricidade.

A ponte entre os dois continentes está construída numa fissura, na junção entre as placas tectónicas da América e da Europa. Esta fissura é muito mais notável na zona do parque de Þingvellir, que faz parte do “Golden Circle“, uma das atrações a não perder na Islândia.

As mencionadas zonas com atividade geotérmica da península também lhe parecerão insignificantes caso dê a volta completa à ilha e visite o parque do Krafla.

2. Reykjavik

Reykjavik é uma pequena e orgulhosa capital, fervilhante de cultura e juventude, esculturas e “graffiti”. Casas pequeninas de paredes coloridas de metal contrastam com edifícios futuristas de vidro, ao mesmo tempo que um ambiente calmo e sereno de uma zona rural coexiste com uma elegância urbana invejável. Uma das atividades mais interessantes na cidade passa simplesmente por caminhar pelas ruas estreitas e ortogonais, cheias de comércio e cafés. Além disso, podem-se observar jardins invulgares com casinhas para elfos, onde plantas que para nós são silvestres, como as giestas por exemplo, são cuidadas como se de rosas se tratassem.

Dada a pequena dimensão da zona mais antiga da cidade, é muito fácil percorrê-la toda a pé num dia. O meu conselho, no entanto, é que passe pelo menos dois dias inteiros na cidade.

Poderá fazer um passeio a pé pela zona ribeirinha, caminhando até à emblemática escultura Solfár, uma ode ao sol, inspirada num barco viking, com a promessa de novas descobertas. Se o tempo permitir, poderá facilmente avistar as ilhas próximas (por exemplo, Viðey) e, eventualmente, a península de Snæfellsnes. Além disso, a zona portuária está repleta de pequenas e grandes embarcações, restaurantes e empresas que vendem passeios marítimos para a observação de baleias.

O Harpa (centro de congressos e sala de concertos) é um dos edifícios impossíveis de evitar em Reykjavik, dado o seu tamanho, aspeto invulgar e posicionamento na frente ribeirinha. Mais acima, a igreja Hallgrimskirkja serve, desde a sua imponente torre, de miradouro com vista a 360º sobre a cidade, bem como de ponto de orientação para as caminhadas, já que é visível de quase toda a cidade. Ali perto, existe o Jardim do Museu Einar Jónsson, cuja entrada é livre, repleto de fantásticas esculturas do autor que lhe deu o nome. Mais adiante, o Museu Nacional da Islândia está cheio de informação interessante sobre o país desde o tempo da colonização até aos tempos modernos. Reserve, pelo menos, três horas para este museu se não pretende vê-lo a correr.

No primeiro domingo de junho, festeja-se em Reykjavik o “Sjómannadagur” ou o Dia do Marinheiro – uma celebração da cultura marítima da Islândia. O Festival do Mar proporciona um fim de semana divertido e animado, com exposições de peixes, jogos para crianças, passeios de barco, simulacros de salvamentos marítimos, música e oferta de petiscos nacionais inspirados no mar. Este ano foi ainda mais especial, pois era o 100º aniversário do porto de Reykjavík. Fizemos um passeio gratuito pela baía num navio gigantesco e visitámos a sua sala de comando, cheia de botões e monitores de navegação. Ao almoço, comemos uma deliciosa sopa caseira de peixe e marisco, vendida numa barraquinha improvisada, enquanto uma banda de adolescentes marchava e tocava à nossa volta.

Compras em Reykjavík

Como alternativa às lojas das ruas centrais, que vendem artigos feitos de lã islandesa lindíssimos e também caros, pode-se visitar o Kolaportið Flea Market, uma espécie de feira da ladra dentro de um grande pavilhão fechado, situado na zona central da cidade. Nesta feira há de tudo à venda, como roupa em segunda mão, velharias e produtos alimentares típicos da região.

Tenha em conta que, se der a volta completa à ilha, irá encontrar vilas onde se vendem produtos de lã a preços mais em conta do que na capital.

Onde comer em Reykjavík

Dados os preços algo exagerados dos restaurantes, pelo menos para a minha bolsa, não tenho como me pronunciar sobre a qualidade dos mesmos. Notei, no entanto, que geralmente possuem ementas diferentes para o almoço e para o jantar, sendo este último bastaste mais caro. Para além dos restaurantes, há algumas alternativas à base de “fast food”, com qualidade decente.

  • Hot-dogs: é o tipo de comida mais devorado pelos islandeses hoje em dia. Geralmente, levam cebola e/ou alho e três molhos. Preços a rondar os 2-3€. Os mais famosos são os do Baejarins Beztu Pylsur;
  • Hamburgers: também é comum encontrar encontrar este tipo de refeição servida com batatas fritas e salada. Em Reykjavik, um sítio muito conhecido é o Hamburger Joint (em islandês: Hamborgara Búllan) que se situa na zona portuária e faz uns hamburgers deliciosos. Preços a rondar os 8-10€;
  • Noodle Station: este restaurante faz umas sopas de massas ao estilo tailandês, com carne de vaca ou frango. São super condimentadas, cuidado com o picante! Fica na rua Skólavörðustígur, uma das principais artérias do centro. Preços a rondar os 7€;
  • YoYo: é um autêntico buffet de gelados. Tira-se a quantidade que se pretende de tudo e mais alguma coisa para um copo e paga-se, no fim, ao peso. Preços a rondar os 3-5€, dependendo do quanto guloso se for…

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