Anda à procura do que visitar em Bragança, o que fazer, onde comer e dormir – ou anda apenas a tentar descobrir se é um cidade que gostaria de conhecer em Portugal? Então este guia de viagem é para si.
Muitas vezes, quando estamos a planear visitar um destino e procuramos informação sobre o mesmo, tudo o que queremos é encontrar uma lista simples e direta sobre o que se pode ver e fazer, assim como bons sítios para comer e dormir. A pensar nessa necessidade, e para quem não tem tempo a perder, criámos um guia resumido sobre Bragança, a capital de distrito mais a norte de Portugal.
Bragança tem…
- Um centro histórico que se percorre facilmente a pé;
- A Praça da Sé, para nós, a praça mais bonita da cidade;
- Diversos solares, edificados entre os séculos XVI e XVII, espalhados pelas ruas;
- A Igreja de São Bento, com um raríssimo teto mudéjar (estilo artístico que se desenvolveu entre os séculos XII e XVI na Península Ibérica e que incorpora influências da arte islâmica);
- Uma Rua dos Museus, de que fazem parte:
- O Centro de Arte Contemporânea Graça Morais, projetado pelo arquiteto Souto Moura, com várias salas dedicadas à obra da famosa pintora transmontana e exposições temporárias de artistas nacionais e estrangeiros;
- O Centro de Fotografia Georges Dussaud (gratuito), dedicado à obra deste fotógrafo francês que, desde 1980, tem eternizado a preto e branco as paisagens, as tradições e as pessoas da região;
- O Museu do Abade de Baçal, onde se conservam importantes coleções de arqueologia, ourivesaria e arte sacra;
- Uma cidadela entre muralhas, situada no ponto mais elevado da cidade, onde ficam o núcleo urbano mais antigo e os monumentos mais conhecidos de Bragança, nomeadamente:
- O castelo e a sua torre de menagem (onde funciona o Museu Militar);
- O Museu Ibérico da Máscara e do Traje, onde estão expostos fatos e máscaras das festas de inverno e de carnaval de Trás-os-Montes e Alto Douro e da província espanhola de Zamora, incluindo os famosos caretos de Podence;
- Um pelourinho medieval com uma invulgar porca na base;
- A Igreja de Santa Maria (séc. XIV);
- Um “Domus Municipalis” (séc. XII), edifício que terá acumulado as funções de cisterna com local de reunião dos “homens bons” do concelho;
- Um Corredor Verde onde se pode andar a pé ou de bicicleta junto ao rio Fervença;
- Arte urbana, incluindo criações de Bordalo II;
- Gente hospitaleira e afetuosa;
- Uma riquíssima gastronomia.
O que visitar perto de Bragança
- Parque Natural de Montesinho | Uma das áreas de maior biodiversidade do país, onde ainda predominam árvores autóctones e é possível avistar veados, raposas e javalis. Existem diversos trilhos sinalizados para quem gosta de fazer caminhadas na natureza;
- As aldeias de Montesinho e Rio de Onor | Consideradas das mais típicas do parque natural;
- Soutos | Extensas manchas de castanheiros, onde também há percursos pedestres assinalados;
- Mosteiro de Castro de Avelãs | Exemplar único em Portugal do estilo românico-mudéjar.
Onde comer
- Tasca Zé Tuga, na cidadela;
- Solar Bragançano, na Praça da Sé;
- Restaurante G Pousada,na Pousada de Bragança, recentemente distinguido com uma estrela Michelin;
- Restaurante Típico O Javali, à saída da cidade;
- Restaurante D. Roberto, na aldeia de Gimonde;
- Restaurante A Lombada, em Babe.
O que provar
- Fumeiro (alheiras, chouriças, presuntos);
- Butelo (um enchido cujo recheio é feito com ossinhos do espinhaço e costela de porco bísaro, ainda com alguma carne) acompanhado por casulas (cascas de feijão secas);
- Cogumelos e castanhas;
- Galo no pote – no restaurante A Lombada, mediante reserva;
- Posta de vitela mirandesa;
- Feijoada transmontana;
- Javali e outros pratos de caça;
- Cuscos transmontanos (um alimento com ligações ao Norte de África, produzido a partir da farinha de trigo barbela, que se cultiva na região) – na Tasca Zé do Tuga;
- Pudim e doces de castanha;
- Tarte de grão de bico;
- Mel de castanheiro.
Onde dormir
Eventos
- Festas dos Rapazes (também conhecidas por Festas de Inverno), realizadas em muitas aldeias do nordeste transmontano entre os meses de Dezembro e Fevereiro;
- Feira das Cantarinhas (Maio), uma feira de origem medieval, onde se podem comprar cantarinhas em miniatura “a quem se quer bem”, artesanato regional (cestaria e linhos) e o “renovo”, isto é, pés de vários produtos hortícolas para plantar. Foi também aí que conhecemos a D. Julieta, a última oleira de Pinela, onde se faziam as tradicionais cântaras de barro que os trabalhadores levavam para o campo para conservar a água fresca e que deram o nome a este que é um dos eventos mais emblemáticos de Bragança.
Para conhecer +Bragança
- Loja Interativa de Turismo, um bom ponto de partida para explorar a região, onde poderá recolher, por exemplo, um mapa da cidade e informações sobre os percursos pedestres na região. Localização: Rua Abílio Beça, 105 (Rua dos Museus);
- Bétula Tours: visitas guiadas, sobretudo em espaços naturais, pelo fotógrafo António Sá, um apaixonado por Trás-os-Montes;
- Professora Emília Nogueiro: visitas histórico-culturais pelo centro histórico de Bragança. Marcações: emilianogueiro@gmail.com;
- Percurso Pedestre Urbano (mapa de Bragança)
Outros artigos do Norte de Portugal
O Viagens à Solta visitou Bragança, no fim-de-semana de 5 e 6 de Maio de 2018, a convite da Associação Comercial, Industrial e Serviços de Bragança (ACISB).
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É um prazer explorar este vosso Blog. Está muito bem organizado, tem uma excelente aparência visual, uns textos de fácil leitura e é ilustrado por umas fotografias fantásticas. Na perspectiva de quem procura informação sobre um destino, encontra-se aqui um fantástico ponto de partida para uma viagem. Até tem este espaçozinho para comentários que permite que se coloque alguma questão ou que simplesmente se complemente se algum modo a informação já disponibilizada. Tendo encontrado este guia de Bragança sem comentários, decidi deixar aqui a minha opinião.
Sobre Bragança, já há alguns anos que não a visito. Mas gosto muito da cidade e da região. Este vosso guia sobre a cidade está bom, mas permitam-me dar aqui mais relevo a um dos restaurantes que listam: o Solar Bragançano. A comida é boa não se podendo considerar barata na perspectiva de quem quer apenas tomar uma refeição. Sendo só pela qualidade da comida vs. preço seria um bom restaurante mas não mereceria o destaque que lhe dou. No entanto, considero que uma refeição nesse restaurante é uma experiência única e nesta diferente perspectiva o preço está muito longe de ser caro (e mais não digo). Experiência a não perder (aconselho reserva).
Obrigado pelo seu contributo Sérgio.
O melhor site sobre viagens em Portugal. Direto, objetivo. Imprescindível para turistas que, como eu, adoram percorrer Portugal. Parabéns.
Obrigado pelas suas palavras João.
Dois pequenos reparos:
Nos restaurantes, também é digno de menção o Abel em Gimonde..na minha opinião, muito melhor que o D. Roberto.
Quanto ao solar Bragançano, sem dúvida um bom restaurante, mas precisa urgentemente de uma refrescadela.
A nivel de alojamento, não pode passar sem referência o Solar de Santa Maria em plena zona historica.
Adorei ler as vossas informações. São rápidas , precisas e deixam espaço à imaginação. Obrigado
Obrigada pelo comentário, Florimundo. O objetivo destes guias rápidos é esse mesmo: dar uma ideia rápida e precisa do que se pode visitar, deixando o resto à imaginação dos leitores e à sua própria exploração nos locais. Tentaremos escrever mais.
Gostei. Acho que vai ajudar a conhecer melhor Bragança
Ficamos felizes em sabê-lo. Boa viagem!
Excelente disposição, textos simples e fáceis de interpretar, boas imagens e pertinência nas temáticas e pontos de interesse propostos.