Quando viajamos, costumamos escrever sobre o nosso dia-a-dia no Facebook. Quem não acompanhou o diário da nossa viagem à Eslovénia, poderá ler aqui o conjunto de relatos que publicámos. Em breve, partilharemos o nosso roteiro detalhado.
Dia 1
Já chegámos à Eslovénia. Começámos o dia com poucas horas de sono, porque ontem o voo entre Lisboa e Zagreb (Croácia) se atrasou 3 horas e só nos deitámos às 2 e tal da manhã num hotel perto do aeroporto.
Às 8h partimos para Liubliana, a capital da Eslovénia, onde chegámos a meio da manhã. Como é que está o tempo em Portugal? Por aqui, está um calor abrasador. Em Liubliana, encontrámos um centro histórico que se percorre facilmente a pé, atravessado pelo rio Liublinica e várias pontes, entre as quais a ponte tripla, a mais famosa da cidade. As ruas estão cheias de árvores, esplanadas sofisticadas, gelatarias, edifícios bonitos de tons pastel e parques com pessoas descontraídas. Subimos de funicular ao castelo. De resto, temos andado a pé e de bicicleta, à semelhança dos locais.
Vamos agora assistir a um concerto ao ar livre num dos parques desta cidade a que chamam verde. Apesar de nos sentirmos bem aqui, amanhã vamos para as montanhas.
Dia 2
Como hoje davam previsão acima dos 30 graus, fomos a banhos… banhos de montanha e ar puro. A pouco mais de 20 minutos de carro de Ljubljana, existe um planalto fértil habitado por centenas (milhares?) de vaquinhas felizes. Para subir aos 1600 metros, optámos pelo teleférico. O dia foi passado a caminhar calmamente pelo meio da natureza e das cabanas típicas de madeira dos pastores. E foi muito melhor do que estávamos à espera.
Dia 3
Queríamos ver ao vivo o lago rodeado por árvores e pelas cordilheiras dos Alpes, onde existe uma pequena ilha verdejante, de onde se ergue a torre de uma igreja. Queríamos vê-lo juntos. Não fomos, porém, diretos para o Lago Bled. Antes, caminhámos por uma floresta de faias até à cascata Savica e andámos num barco de remos no Bohinj, o maior lago natural da Eslovénia, no coração do Parque Nacional Triglav. Enquanto o fazíamos, caiu sobre nós uma chuva repentina e juntámos as nossas gargalhadas aos trovões que se ouviam. Depois, sim, abraçámo-nos e beijámo-nos no Lago Bled.
Dia 4
O lago Bled é mais bonito visto de cima e, além do castelo, existem vários miradouros para o ver assim. Não subimos ao castelo, mas explorámos os vários miradouros da montanha mais alta, coberta de floresta. Chovia, mas ouvimos a chuva a bater nas folhas das árvores e pisámos a lama – como desejávamos quando éramos crianças – atentos para não escorregarmos nas pedras e nas raízes das árvores, tão atentos que vimos uma cobra e duas cabras selvagens no caminho. Se foi fácil? Não, mas foi diferente do que vivemos todos os dias e só por isso valeria a pena. Ainda por cima, o lago visto de cima é mesmo muito bonito!
Dia 5
– Porque é que as vossas fotos ultimamente são quase sempre verdes?
– Porque na Eslovénia é difícil fotografar sem que haja verde. O país é mesmo muito verdinho! Além disso, nós adoramos a cor das árvores, que nos transmite tranquilidade e segurança.
Hoje foi, talvez, o dia mais intenso de toda a viagem: não apenas pelos quilómetros percorridos em alta montanha passando pelos 50 cotovelos do Parque Natural Triglav, mas por toda a emoção de presenciar lugares únicos – autênticos milagres da natureza.
Dia 6
Quando se viaja a dois, tem de se conciliar as vontades de cada um. Por isso, hoje a vontade do Paulo levou-nos a percorrer o desfiladeiro de Tolmin, acompanhando o curso de um rio azul cristalino, sempre rodeados por vegetação luxuriante. A seguir, a minha vontade levou-nos a Piran, uma cidadezinha em tons pastel na costa do Mar Adriático, aonde chegámos mesmo a tempo do pôr-do-sol. O momento mais marcante do dia foi, porém, a visita às Grutas de Škocjan, o “grand canyon” debaixo de terra, por ser diferente de tudo o que alguma vez vimos.
Amanhã voltamos a casa.
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