Há regras que são aprendidas pela simples observação e pela experiência. Não estão escritas em manuais nem há cursos para aprendê-las. São formas de funcionarmos melhor em sociedade, de sermos mais felizes. A seguinte lista é um apanhado de regras de etiqueta que fomos aprendendo por nós próprios, ao longo dos anos, nas nossas caminhadas pelo lado mais selvagem e puro do planeta.

O caminhante mais lento deve liderar

Caminhar na natureza, para nós, não é uma competição. É uma forma de voltarmos às nossas raízes, de estarmos mais próximos do planeta e dos nossos amigos. Quase sempre o mais importante é a viagem e raramente apenas o destino. Por isso, vão com calma. Deixar o elemento menos apto fisicamente e/ou menos experiente liderar fará com que ele não desmotive e tire o máximo prazer do percurso. Manter o grupo coeso, além de boa ideia, é uma necessidade para a eventualidade de acontecer algum acidente. Imagine o que seria alguém mais fraco ficar para trás e magoar-se sem que o resto do grupo de apercebesse!

Faça pausas fora do trilho

Uma das regras mais comuns, principalmente em parques naturais, é que não se deve afastar do trilho. É uma regra importante a seguir. No entanto, isso não quer dizer que não deva descansar de vez em quando. Procure um lugar com algum espaço, de modo a não atrapalhar os outros caminhantes.

Caminhe em fila

Se caminhar em grupo e o trilho for estreito, tente caminhar em fila para não estorvar os caminhantes que circulam em sentido contrário. Em fila não é tão fácil conversar, mas também não vai para o meio da natureza para “estar na palheta”. Para isso, ficava no café.

Ceda a passagem a quem sobe

Geralmente quem sobe vai em maior esforço. Por isso, quando se cruzar com alguém que vai a subir, ceda-lhe a passagem, a não ser que essa pessoa pretenda fazer uma pausa e lhe dê indicação para prosseguir.

Cumprimente quem passa

Mais do que uma atitude de cortesia e simpatia é também uma questão de segurança. Ao dialogar com outras pessoas fará com que elas mais tarde se lembrem de si, na eventualidade de uma ação que exija resgate. Pergunte como é que está o trilho à frente, quais as maiores dificuldades que encontraram, etc.

Tire apenas fotografias, deixe apenas pegadas

Siga esta frase como se fosse um verdadeiro mandamento dos amantes de natureza. De modo a preservar o meio-ambiente e a permitir que futuros caminhantes desfrutem também do percurso, não recolha flores ou ramos nem incomode os animais que encontrar pelo caminho. Por outro lado, não deixe ficar qualquer tipo de lixo nem mesmo orgânico. Leve sempre um saquinho onde o poderá guardar até ao final do trilho e aí, sim, poderá depositá-lo nos contentores próprios.

Fale em voz baixa

Se caminhar em grupo, evite falar em voz alta. Em vez disso, aprecie o silêncio ou, melhor, os sons da própria natureza. Verá que não é assim tão silenciosa…

Aproveite o momento

Interiorize que está a viver algo maravilhoso e irrepetível. Deixe de parte os problemas, a vida do dia-a-dia e aproveite cada cheiro, cada cor, cada sensação. Aproveite até as sensações menos boas, como dores e cansaço. Afinal, elas também são um sinal de que está vivo.

Leia as regras dos parques naturais

Por fim, se vai caminhar num parque natural, leia sempre as regras de funcionamento do mesmo. Alguns ecossistemas exigem comportamentos especiais. Se estiver avisado, será mais fácil não cometer erros que poderão ser irreversíveis e evitará acidentes.

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2 Comentários

  1. Olá, gostei da vossa publicação, que encontrei por acaso na busca de uma informação, e que aqui também não vi.
    Isto é, queria saber se existe alguma “regra” quanto à seguinte situação: Quando caminhamos num trilho, e vem outro caminheiro no mesmo trilho, mas em sentido contrário, a que margem nos devemos encostar? Na mesma linha, se formos ultrapassados por algum que vem no nosso sentido, mas mais rápido, a que margem nos encostamos para o deixar passar? A regra de caminhar em estrada ( ou seja, caminhar pela esquerda) também se aplica nos trilhos? Eu penso que é diferente. É importante saber a vossa opinião. Desde já obg.

    • Olá Ana, pode explicar melhor a razão da sua questão relativa à distância do “encostar”?

      Em relação ao lado para caminhar, geralmente é o esquerdo. Mas como em tudo na vida, deve imperar o bom senso 🙂

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