Anda à procura do que visitar na Roménia, o que fazer e onde ficar – ou apenas a tentar descobrir se é um país que gostaria de conhecer? Então este artigo é para si.

Em outubro de 2022, fizemos uma “road trip” de 10 dias pela Roménia. Com base na pesquisa que realizámos para preparar essa viagem e na nossa experiência pessoal, selecionámos os 20 locais que, na nossa opinião, não deve perder no país.

A Roménia é um excelente destino para quem está cansado do turismo de massas e foi uma grande surpresa para nós, em termos de beleza natural, história, património, gastronomia e hospitalidade.

As paisagens das regiões da Transilvânia e de Maramures são especialmente bonitas durante os meses outonais, quando as faias, entre outras árvores de folha caduca, se tingem de tons dourados, tornando a Roménia um dos melhores destinos de outono da Europa.

Em termos históricos, os romenos consideram-se descendentes dos antigos romanos que conquistaram o sul da Transilvânia em 105 DC e dos dácios que viviam nas montanhas a norte da planície do Danúbio e na Transilvânia. Desde então, o povo romeno não conseguiu resistir às ambições dos países vizinhos e às pressões imperiais: primeiro dos bizantinos, depois dos húngaros e dos turcos otomanos e, mais tarde, do império austríaco e da Rússia.

De 1948 a 1989, a Roménia esteve sob o traumático regime comunista de Nicolae Ceaușescu. Em 1990, foram realizadas eleições livres. Em 2004, o país aderiu à NATO e, em 2007, tornou-se membro da União Europeia.

A jornalista Rosa Goldschmidt Waldeck descreveu perfeitamente a sua impressão dos romenos: “Dois mil anos de severos mestres estrangeiros, invasões bárbaras, conquistas gananciosas, príncipes perversos, cólera e terremotos deram aos romenos uma excelente perceção da qualidade temporária e transitória de tudo. A experiência de sobrevivência ensinou-lhes que cada queda pode resultar em oportunidades imprevistas e que, de alguma forma, eles sempre se levantam novamente.”

Graças à viagem que fizemos pela Roménia, passámos a admirar o seu povo, que nos recebeu sempre de forma hospitaleira, e a ter um carinho especial por este país seguro e genuíno que superou em muito as expetativas que tínhamos.

Eis, pois, sem mais demoras, o nosso top 20 dos lugares a visitar na Roménia para o ajudar a planear a sua própria viagem à solta, de acordo com os seus interesses pessoais e tempo disponível.

Roménia: mapa com os principais pontos de interesse

Clique no botão “play” para visualizar o mapa.

Roménia: o que visitar, ver e fazer

1. Bucareste

Bucareste é a maior cidade e a capital da Roménia. É também o local onde as influências que o país sofreu ao longo da história estão mais visíveis, sendo conhecida como “a cidade das camadas e dos contrastes”.

O colossal Palácio do Parlamento, a Praça da Revolução, a avenida Calea Victoriei e o centro histórico são apenas algumas das atrações que poderá conhecer.

2. Estrada Transfagarasan

Considerada pelo programa britânico “Top Gear” como a melhor estrada do mundo, a Transfăgărășan ou DN7C é a segunda estrada mais alta da Roménia.

Construída com fins militares na década de 1970, começa perto da aldeia de Bascov e estende-se por 90 km até às proximidades de Sibiu, ligando as regiões históricas da Valáquia e da Transilvânia através das montanhas Fagaras, na parte sul dos Cárpatos.

Se nem todos apreciarão tantas curvas e contracurvas, ninguém ficará indiferente às vistas sobre as montanhas mais altas e selvagens da Roménia e às espetaculares folhagens de outono, das mais bonitas da Europa.

O que fazer na Roménia: percorrer a estrada Transfagarasan

O que visitar pelo caminho:

  • Mosteiro de Curtea de Arges (séc. XVI), o santuário da família real romena;
  • Ruínas do Castelo de Poenari, o castelo onde realmente morou Vlad, o Empalador, governador da província da Valáquia de 1456 a 1462, que terá inspirado a personagem fictícia do Conde Drácula, de Bram Stoker;
  • Lago Balea (2.034 metros de altitude), o ponto mais alto da estrada, onde vale a pena parar para fotografar a parte mais espetacular da estrada.

Quando visitar:

  • A Transfăgărășan só está aberta entre finais de junho e meados de outubro (as datas variam anualmente em função do clima).
  • Melhor atura para visitar: primeira quinzena de outubro, devido às cores de outono.
Lago Balea, Roménia

3. Estrada Transalpina

A Transalpina ou estrada DN67C é a estrada mais alta da Roménia. Com 148 km de extensão, liga Novaci a Sebes, atingindo o ponto mais alto em Urdele Pass (2.145 metros de altitude).

À semelhança da Transfagarasan, a Transalpina está fechada durante o inverno, devido à neve, abrindo de junho a meados de outubro (as datas dependem das condições meteorológicas) e apenas durante o dia (8h-20h).

4. Sibiu

Situada no centro da Roménia, Sibiu foi a Capital Europeia da Cultura em 2007 e é considerada a capital cultural da Transilvânia.

As suas origens remontam à época da Dácia Romana. Contudo, no século XII, quando o território pertencia ao Reino da Hungria, os colonos saxões (alemães) construíram aí uma nova cidade que se tornou a maior e a mais rica das sete cidadelas muralhadas que fundaram na Transilvânia. As outras eram: Sighisoara, Brasov, Cluj, Bistrita, Medias e Sebes.

Nessa altura, Sibiu era um importante centro artesanal e cultural na região, chegando a somar dezanove guildas de ofícios em 1376. A cidade medieval dividia-se em duas partes: a Cidade Alta e a Cidade Baixa. A primeira, outrora rodeada por muralhas que repeliram vários ataques turcos nos séculos XV e XVI, era a zona mais rica, onde se concentravam os comerciantes. Já a segunda, situada nas margens do rio Cibin, servia como área fabril.

Em 1541, a Transilvânia tornou-se um estado vassalo turco autónomo. Depois da retirada dos otomanos, a Áustria ocupou a região. Sibiu tornou-se, então, o centro militar da Transilvânia e a sua capital em duas ocasiões: 1703–91 e 1849–65. Juntamente com o resto da Transilvânia, foi restituída à Roménia em 1918.

Agora que já está contextualizado, julgamos que poderá apreciar melhor a cidade e as suas principais atrações.

Roménia, o que visitar: Sibiu

O que visitar em Sibiu:

  • Rua Cetatii, onde é possível observar as antigas fortificações do século XV e três das quarenta torres de vigia que ainda existem, cujos nomes derivam das guildas que defendiam a cidade dos ataques turcos;
  • Boulevard Nicolae Bălcescu, a principal rua pedonal de Sibiu;
  • Catedral Ortodoxa, construída entre 1902 e 1906, ostenta belas pinturas no interior;
  • Passagem das Escadas (Pasajul Scarilor), a escadaria que liga a Cidade Alta à Baixa;
  • Praça Albert Huet, onde fica a Catedral Luterana/Evangélica, construída entre os séculos XIV e XVI e um símbolo da arquitetura gótica na cidade (é possível subir à torre);
  • Praça Pequena (Piața Mică), onde se encontram as “casas com olhos” que deram fama à cidade;
  • Ponte das Mentiras, a primeira ponte de ferro da Roménia, de onde se avista a Cidade Baixa;
  • Torre do Conselho (Turnul Sfatului), a maior de Sibiu, que liga as Praças Pequena e Grande, e à qual se pode subir para as melhores vistas da cidade;
  • Praça Grande (Piata Mare), o principal largo de Sibiu onde ficam:
    • Igreja católica romana (século XVIII);
    • Museu Brukenthal, o mais antigo da Roménia e um dos primeiros da Europa. Fundado em 1790 por Samuel Brukenthal, governador da Transilvânia, na sua própria residência barroca austríaca, abriga a sua coleção de pinturas, antiguidades, gravuras, livros, entre outros objetos valiosos.

O que visitar perto de Sibiu:

Museu Astra da Civilização Popular Tradicional, um museu etnográfico e de arquitetura popular ao ar livre, situado na reserva natural de Dumbrava Sibiului, a 4 km de Sibiu.

5. Alba Iulia

Alba Iulia é, historicamente, uma das cidades mais importantes da Roménia.

Fundada pelos romanos, a sua importância política, militar e cultural atingiu o auge entre 1542 e 1690, quando se tornou a capital do principado da Transilvânia. Em 1599, foi aí que Mihai Viteazul (Miguel, o Bravo) se autoproclamou príncipe da Valáquia, Transilvânia e Moldávia – conseguindo, pela primeira vez, a união das 3 grandes províncias da Roménia.

Foi também em Alba Iulia que a união da Trânsilvânia com a Roménia foi reestabelecida em 1918 e que Fernando I foi coroado em 1922.

O que visitar em Alba Iulia:

Os principais pontos de interesse de Alba Iulia situam-se na cidadela, isto é, dentro do forte em forma de estrela que os Habsburgos construíram ao seu redor no século XVIII, nomeadadamente:

  • Catredral Católica Romana (século XIII), um dos monumentos arquitetónicos mais antigos e valiosos da Transilvânia;
  • Catedral Ortodoxa, construída entre 1921 e 1923 para celebrar a reunificação da Transilvânia com a Roménia, onde os primeiros monarcas do país unido, o Rei Fernando I e a raínha Maria, foram coroados.
  • Biblioteca Batthyáneum, fundada em 1784 pelo bispo católico Ignatius Batthyány, contém muitos incunábulos e manuscritos antigos de grande valor, incluindo o Codex Aureus, do século VIII.

6. Cluj-Napoca

Cluj-Napoca é a capital da Transilvânia e a terceira maior cidade da Roménia, albergando a principal universidade do país: a Universidade Babeș-Bolyai.

Apesar da zona antiga ter alguns monumentos históricos de destaque, o que mais nos encantou foi a sua modernidade, boa energia e dinamismo. À noite, as ruas próximas da catedral enchem-se de jovens e há muitos cafés, bares e restaurantes originais e cheios de estilo.

O que visitar em Cluj-Napoca:

  • Catedral católica romana de S. Miguel (1321–1444). Localizada na Piata Unirii (Praça da União) é uma das maiores igrejas góticas da Roménia;
  • Casa onde nasceu Matthias I (rei da Hungria, 1458–90);
  • Palácio Bánffy (1773-85), hoje um museu de belas artes;
  • Jardins botânicos, considerados os mais ricos do país.

7. Mina de Sal de Turda (Salina Turda)

A 35 km de Cluj-Napoca, fica uma das principais atrações turísticas romenas: a Mina de Sal de Turda (Salina Turda, em romeno).

A história da mina terá começado durante a ocupação romana da Dácia, quando a cidade de Turda se chamava Potaissa, mas não há evidências claras da exploração de sal nessa época. Por isso, considera-se que os primórdios da mineração tenha sido por volta dos séculos XI-XIII. Nessa altura, Salina Turda era uma das minas de sal mais importantes da Transilvânia, assim continuando até 1840, quando a produção começou a diminuir.

Após a Primeira Guerra Mundial, a exploração tornou-se monopólio do Estado, o que, a par com a redução da produtividade, acabaria por levar ao encerramento das atividades de mineração em 1932.

Caída no esquecimento, a mina só voltaria a ser usada durante a Segunda Guerra Mundial, quando serviu de abrigo antiaéreo para a população e, mais tarde, como armazém de queijos, os quais eram guardados nos primeiros 500 metros da Galeira de Transporte Franz Josef.

Em 1992, a Mina de Sal de Turda foi aberta ao público como atração turística e, em 2008-10, modernizada, passando a abrigar um pequeno parque de diversões, incluindo uma roda panorâmica, mini-golfe, bowling, mesas de bilhar, parque infantil e até barcos a remos num lago subterrâneo. Infelizmente, essa foi a parte de que menos gostámos na visita, não só porque esses divertimentos eram pagos à parte, mas também porque estavam praticamente vazios (talvez por termos feito a visita num dia útil e em época baixa).

Já fazer o percurso preparado pela Mina de Sal, descobrindo longos corredores e as enormes cavernas das Minas Rudolf e Theresa, onde luzes cuidadosamente colocadas criam uma sensação mágica, foi verdadeiramente surpreendente e excitante.

O que fazer na Roménia: visitar a mina de sal de Turda

Se isso não for suficiente para o convencer a visitar a Mina de Sal de Turda, saiba que respirar ar salgado é bom para os pulmões e prescrito para pessoas com problemas respiratórios.

Horários e preços no site oficial: www.salinaturda.eu

Dica: nas proximidades, poderá visitar o Miradouro Piatra Corbilor ou as Gargantas de Turda (Cheile Turzii), uma impressionante formação cárstica, declarada monumento nacional.

Miradouro Piatra Corbilor, Roménia
Miradouro Piatra Corbilor perto de Cluj Napoca

8. Sighisoara (Património Mundial)

Ainda na região da Transilvânia, a cidade de Sighisoara circunda uma colina, no topo da qual fica uma das cidadelas medievais mais bonitas e bem preservadas da Europa.

Apesar do povoamento da zona remontar à Idade do Bronze e à época da Dácia Romana, a cidadela em si teve origem no século XII, quando foi colonizada por colonos saxões, tendo sido reforçada e ampliada no século XV.

Declarada Património Mundial da UNESCO, é formada por um anel de muralhas, torres defensivas, ruas de calçada, casas coloridas e igrejas medievais. Terá sido também o local de nascimento de Vlad, o Empalador, a inspiração para o famoso “Drácula” de Bram Stoker.

Roménia, o que visitar: Sighisoara

O que visitar em Sighişoara:

  • Torres da Cidadela. Das catorze torres construídas, mantidas e defendidas pelas guildas de ofícios, entre os séculos XIV e XVI, para proteger Sighişoara dos ataques turcos, sobreviveram nove, destancando-se a Torre dos Fabricantes de Cordas, a Torre dos Alfaiates, a Torre dos Sapateiros e a Torre do Relógio;
  • Torre do Relógio (séc. XIV), a mais impressionante das nove torres, à qual se pode subir para apreciar a cidadela de cima;
  • Casa Vlad Drakul, a casa onde terá nascido Vlad Tepes em 1431. De cor ocre, situa-se perto da Torre do Relógio;
  • Igreja do Mosteiro Dominicano, uma importante igreja luterana dos saxões;
  • Praça da Cidadela (Piata Cetatii), a praça principal de Sighisoara, onde antigamente se realizavam mercados de rua, feiras de artesanato e execuções públicas;
  • Igreja da Colina, uma das estruturas de estilo gótico mais representativas da Transilvânia, assim chamada por causa da sua localização no topo da colina mais alta da cidade. Inicialmente uma igreja católica, tornou-se a principal igreja dos habitantes saxões de Sighisoara, que mudaram do catolicismo romano para o luteranismo após a Reforma de 1547;
  • Escada dos Estudantes (Scara Scolarilor), as escadas cobertas que ligam a praça principal da cidadela com a Igreja e a Escola na colina, protegendo as pessoas das intempéries.

Dica: o Festival Medieval, em julho, é o principal evento de Sighişoara.

9. Brasov

Localizada na encosta norte dos Alpes da Transilvâna, Brasov foi outra das cidades muralhadas construídas pelos saxões na Idade Média e é atualmente uma das maiores cidades da Roménia.

Fundada em 1211, tornou-se o centro de uma colónia que comercializava tecidos, armas, cera e metalurgia em grande parte da Valáquia e da Moldávia. Fortificada no século XV contra os turcos, sobreviveu com poucos danos e contém ruas medievais bem preservadas e muitos edifícios históricos.

O que visitar na Roménia: Brasov

O que visitar em Brasov:

  • Igreja de São Bartolomeu (século XIII), o edifício mais antigo de Brasov;
  • Igreja Protestante Gótica (séc. XIV-XV), chamada de Igreja Negra por causa das suas paredes exteriores terem ficado enegrecidas pelo fumo resultante de um incêncio em 1689;
  • Câmara Municipal (séc. XV);
  • Igreja Ortodoxa de São Nicolau (séc. XV-XVI);
  • Torre de vigia, também chamada de Torre do Trompetista (séc. XVI).

10. Biertan (Património Mundial)

Os colonos saxões, além de sete cidades muralhadas, construíram diversas aldeias com igrejas fortificadas no sul da Transilvânia, sete das quais são Património Mundial: Biertan, Câlnic, Dârjiu, Prejmer, Saschiz, Valea Viilor e Viscri.

Segundo a UNESCO, essas aldeias caracterizam-se não só pelas suas igrejas fortificadas, as quais ilustram estilos de construção dos séc. XIII ao XVI, mas também por um “sistema específico de uso da terra, padrão de povoamento e organização da herdade familiar, que se conservam desde o final da Idade Média”.

Biertan, fundada no século XIII, é uma das mais importantes dessas aldeias, tendo a sua igreja fortificada sido a sede do Bispo Evangélico Luterano na Transilvânia entre 1572 e 1867.

O que fazer na Roménia: visitar a aldeia de Biertan

11. Viscri (Património Mundial)

Viscri é outra das aldeias com igrejas fortificadas da Transilvânia que vale a pena visitar. É uma das povoações tradicionais romenas mais bem preservadas e foi, aliás, um dos lugares que mais gostámos de conhecer no país.

12. Florestas Primárias e Anciãs de Faias dos Cárpatos (Património Mundial)

Várias florestas de faias romenas são Património Mundial da UNESCO, entre as quais a floresta virgem e secular de Codrul Seculari Sinca, na Transilvânia, o berço de um número notável de árvores com mais de 350-400 anos e do abeto mais alto da Europa, com 62,5 metros de altura.

Mais informações sobre as Florestas Primárias e Anciãs de Faias da Roménia e da Europa em: www.europeanbeechforests.org/world-heritage-beech-forests/romania

O que ver na Roménia: florestas anciãs de faias

13. Castelo de Bran (Castelo do Drácula)

O Castelo de Bran (conhecido habitualmente como o “Castelo do Drácula”) é uma fortaleza medieval situada nos Alpes da Transilvâna (montanhas dos Cárpatos do Sul), nas proximidades de Brasov.

A primeira fortaleza conhecida perto da Passagem de Bran, uma rota comercial através dos Cárpatos, foi erguida depois de 1211 por cavaleiros da Ordem Teutónica, mas resistiu pouco tempo. Em 1377, o rei Luís I da Hungria autorizou os saxões a construir aí um novo castelo, para travar a expansão do Império Otomano para norte. Esse castelo, concluído em 1388, foi mantido pelos saxões mesmo depois da conquista da Transilvânia pelos turcos e, mais tarde, pelos austríacos, tendo sido restaurado diversas vezes até a década de 1880, quando caiu em desuso.

Em 1920, a cidade de Brasov entregou-o à raínha Maria, que o reformou como residência real de verão. Maria morreu em 1938 e, dez anos depois, a sua filha, a princesa Ileana, foi forçada a sair do país pelo novo regime comunista, o qual abriu o castelo ao público como museu em 1956. Em 2009, o governo romeno pós-comunista entregou-o ao seu filho, o arquiduque Dominic de Habsburgo, continuando hoje a receber visitas.

O que ver na Roménia: Castelo do Drácula

O Castelo de Bran é frequentemente associado ao Castelo do Drácula, por causa das semelhanças com o castelo descrito no romance “Drácula” (1897) de Bram Stoker. Porém, Vlad, o Empalador, a figura histórica que inspirou o autor, nunca governou nem morou no Castelo de Bran. Isso não impede que os turistas lhe continuem a chamar o “Castelo do Drácula” e que se tenha tornado a principal atração turística da Roménia. Vá preparado para as multidões.

14. Castelo de Peles

Situado em Sinaia, no sopé das montanhas Bucegi, o Castelo de Peles é uma obra-prima da arquitetura alemã e, para muitos, um dos castelos mais impressionantes da Europa.

Encomendado pelo rei Carol I em 1873 e concluído em 1883, o castelo serviu como residência de verão da família real romena até 1947. Foi o primeiro castelo europeu inteiramente iluminado por corrente elétrica e as suas 160 divisões estão adornadas com notáveis obras de arte.

O que visitar na Roménia: Castelo de Peles

15. Castelo de Corvin

Considerado uma das 7 Maravilhas da Roménia, o Castelo de Corvin é uma imponente fortaleza gótica-renascentista, construída na Transilvânia no século XV.

Roménia, o que visitar: Castelo de Corvin
(c) Paszczur01

16. Mosteiro de Horezu (Património Mundial)

Fundado pelo príncipe Constantine Brancoveanu e declarado Património Mundial, este mosteiro é o maior assentamento monástico da província da Valáquia, abrigando coleções preciosas de frescos e ícones que datam do final do século XVII e início do século XVIII.

Dica: a vila vizinha de Horezu abriga um dos maiores centros de cerâmica da Roménia.

O que visitar na Roménia: Mosteiro de Horezu
(c) TouLouse

17. Mosteiros Pintados de Bucovina (Património Mundial)

As igrejas pintadas dos mosteiros de Bucovina, na região romena da Moldávia, foram incluídas pela UNESCO na lista de Património Mundial sob o nome de “Igrejas da Moldávia”.

São oito igrejas únicas, com incríveis pinturas murais exteriores dos séculos XV e XVI, inspiradas na arte bizantina.

Entre as mais impressionantes figuram as dos Mosteiros de Arbore, Humor, Voronet, Moldovita e Sucevita, as quais podem ser visitados tendo por base a cidade de Suceava.

Roménia, o que visitar: Mosteiros de Bucovina

18. Maramures

A região montanhosa de Maramures situa-se no noroeste da Roménia, abrigando várias aldeias onde os habitantes preservaram tradições ancestrais, a cultura rural e o artesanato dos seus antepassados dácios.

Igrejas de madeira de Maramures (Património Mundial)

As igrejas de madeira são o expoente da expressão artística autóctone de Maramures distinguindo-se pelos seus telhados altos e torres esguias. Oito delas – em Surdesti, Plopis, Rogoz, Ieud, Poeinile Izei, Barsana, Budesti e Desesti – foram declaradas Património Mundial.

O que visitar na Roménia: igrejas de madeira de Maramures

Cemitério de Sapanta

A filosofia espiritual do povo de Maramures está igualmente representada em Sapanta. Os antepassados dos habitantes desta cidade encaravam a morte como um começo, não o fim, e essa fé reflete-se no singular Cemitério Alegre. Cruzes de madeira azul apresentam desenhos e epitáfios humorísticos que procuram ilustrar elementos essenciais – tanto o bom quanto as imperfeições – da vida do falecido. Mesmo sem o benefício da tradução, vale a pena apreciar a obra do escultor Stan Ion Patras, que começou a esculpir esses epitáfios em 1935, e dos artistas que lhe sucederam.

Roménia, o que visitar: Cemitério de Sapanta

19. Delta do Danúbio (Património Mundial)

Declarado Património Mundial, o Delta do Danúbio fica no litoral do Mar Negro, na fronteira entre a Roménia e a Ucrância.

O delta começa quando o rio Danúbio, o segundo mais longo da Europa, se divide em três braços e é um local único na Europa, base para mais de 320 espécies de aves e para diversas aldeias, situadas em ilhas.

Dado o isolamento da região, é praticamente impossível visitá-la sem o apoio de uma tour de barco.

Para mais informações, vejo o relato da Diana Guerra, no Contramapa.

O que visitar na Roménia: Delta do Danúbio
(c) Charles Sharp

20. Mar Negro

Se precisar de uns dias para relaxar no final da sua viagem pela Roménia, rume à costa do Mar Negro, no sudeste do país. Desfrute de praias de areia fina, entre as quais se destaca a de Mamaia, considerada a cidade litoral mais elegante da Roménia, e aproveite ainda para conhecer Constanta, a principal cidade portuária do país.

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Roménia, o que visitar: Constanta
(c) Razvan Socol

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2 Comentários

  1. Estivemos na Romênia em 2019 e amamos o país! Foi muito melhor do que esperávamos!
    Que delícia de road trip vc fez!! Já deu vontade de voltar e fazer igual!

  2. Unas fotos espectaculares. Estuve en Rumania tres veces y estoy deseando volver. Es un pais muy interesante y este articulo me ha encantado. Gracias por compartirlo

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