Estes são retratos de pessoas com quem nos cruzámos pelo mundo. Algumas com histórias para contar, outras apenas personagens que nos despertaram a atenção.
Quando visitámos o Mausoléu de Njegos, um poeta montenegrino e filósofo, encontrámos esta bonita guardiã, vestida com os trajes tradicionais. No topo de uma montanha de 1500 metros não era bem a receção de que estávamos à espera.
Enquanto passava cerca da Central Bus Station de Jerusalém (muito usada por soldados) esta e outras jovens pediram-me para as fotografar e eu pedi para tirar uma selfie com elas :)
Este jovem serviu-nos uma refeição num pequeno restaurante perto da Golden Rock.
Esta senhora estava a rir á gargalhada por eu andar num lugar onde não era comum ver turistas. Quando lhe apontei a câmara fez esta pose séria!
Senhor a fumar calmamente charuto no Myanmar.
Vendedor de Água, para turista-ver, na praça Jemaa el-Fna em Marrakesh
Jovem Japonesa em Ise, Japão.
Vendedor de DVD na Feira da Ladra
Jovem Chinesa em Lisboa
Jovem chinesa nas festas de ano novo chinês.
Na fronteira entre Marrocos e a Argélia começam as dunas do deserto do Sáara. É neste mundo dourado, surreal e inóspito, que persistem em sobreviver humanos como o berbere Zahir: condutor de dromedários, músico, cozinheiro e pessoa bem disposta. Durante uma pausa ao pôr-do-sol, no meio do nada, confessou-me que gostava de um cigarrinho, que lhe fazia bem à cabeça. Fiquei sem perceber como é que alguém no meio daquela paz e sossego precisava de desanuviar a cabeça …
Conhecemos a D. Júlia na Branda do Alhal, um local de pastagens no alto da Serra da Peneda, onde ela, depois de tantas décadas, ainda continua a guardar o seu gado cacheno, como sempre fez. A diferença é que agora, caso os animais sejam atacados pelos lobos, os donos são indemnizados pela gestão do Parque Nacional da Peneda-Gerês. Antigamente a população tinha de se revezar para os defender. As suas pernas, protegidas com meias de lã grossa, ainda têm genica para palmilharem a estrada íngreme que liga a aldeia de Padrão, onde mora, à branda. Quando fomos embora, aproveitámos para lhe poupar um pouco as pernas com uma boleia oportuna.
Em Amares (Braga) todos os anos é possível, no fim-de-semana antes do carnaval, degustar as deliciosas papas de sarrabulho, rojões ou a invulgar marmelada de laranja amarga. Foi durante este festival que fotografei esta jovem do Grupo Folclórico “As Lavradeiras” de Amares.
As ruínas da antiga cidade nabateia de Petra ganham vida com vendedores de artesanato e pequenas barraquinhas onde se pode beber chá ou café. Esta jovem beduína fazia um café muito bom, que serviu de desculpa para descansar um pouco as pernas fatigadas de tantas escaladas.
Apesar de fazerem cada vez menos sentido nos dias de hoje, ainda há quem tente vender postais aos turistas estrangeiros que visitam os templos de Bagan. Raramente compramos recordações em viagem e penso que nunca comprámos postais. No dia em que tirámos esta foto, estávamos a descansar à saída do templo Ananda e vários vendedores já nos tinham abordado. Talvez tenha sido por isso que, quando este menino se aproximou de nós e nos mostrou os seus pintados por ele, soltámos uma gargalhada. Não lhos comprámos, mas ficámos a conversar com ele, porque falava bem inglês. Não sei se os seus postais eram “inocentes” nem se entendeu quando lhe explicámos que lhe íamos dar algum dinheiro simplesmente por nos ter surpreendido e alegrado. Seja como for, ficou a conversar connosco até irmos embora e, no final, pedimos-lhe para lhe tirar esta foto, para nos lembrarmos sempre dele.
No Japão medieval também havia mulheres samurai. Porém, ao contrário do que se pode ver nesta foto, geralmente usavam uma naginata em vez das katanas usadas pelos homens. As naginata (lâmina em formato de sabre na ponta de um cabo de madeira) permitiam às mulheres compensar a sua frágil constituição lançando ataques desde uma distância mais segura. As onna-bugeisha tinham um papel importante na defesa sempre que os homens partiam para a guerra e deixavam as aldeias mais indefesas. Hoje em dia, o Japão é um país pacífico, de gente acolhedora e sorridente, onde jovens como a da foto mantêm viva a sua cultura milenar.
Duas simpáticas mulheres bósnias vestidas com roupas tradicionais.
No Japão, as raposas sempre viveram próximas dos seres humanos sendo conhecidas como “kitsune”. Vistas como seres inteligentes e com capacidades mágicas que aumentam com a idade, serviram ao longo dos tempos de inspiração para textos mitológicos ancestrais e até desenhos animados modernos (espírito contido dentro do personagem principal de Naruto). As “kitsune” estão associadas ao “kami Inari” que é a divindade xintoísta da fertilidade (arroz, agricultura, indústria, etc). Esta associação reforça o significado sobrenatural das raposas. Esta foto foi tirada no santuário Fushimi Inari Taisha em Quioto, o principal do Japão dedicado a esta divindade. Nele existe um caminho por entre dezenas de milhares de “torii”, montanha acima, entre cedros centenários.
Uma das últimas mulheres Chin com cara tatuada.
Menina em festa de casamento no Myanmar.
Jovem rapariga vestida de Careto de Podence - tarefa tradicionalmente reservada aos rapazes.
Simpática senhora que vendia tecidos com a neta perto do lago Inle, no Myanmar.