Anda à procura do que fazer em Nápoles e onde ficar? Neste guia, apresentamos-lhe um roteiro de 1, 2 ou 3 dias para conhecer as principais atrações da cidade e uma lista do que visitar nas proximidades.

Nápoles é uma cidade suja, há lixo no chão, poças de água imunda e graffitis nas paredes. O trânsito é caótico, as motas andam desenfreadas, os carros são velhos e também circulam em modo “salve-se quem puder”. Vêem-se muitos sem-abrigo e emigrantes sem rumo. As ruas são sombrias e há muitos edifícios velhos e mal cuidados.

Todavia, Nápoles também é uma cidade autêntica, como já há poucas na Europa. O seu centro histórico, declarado Património da Humanidade, está cheio de magníficas igrejas e sumptuosos palácios, fruto da trajetória de uma das cidades mais antigas da Europa, desde a sua fundação como colónia grega por volta de 600 a.C., passando pelo domínio romano, bizantino e espanhol, até à unificação da Itália na segunda metade do século XIX.

As zonas históricas são vibrantes e cheias de vida. Vê-se roupa a secar nas janelas, nichos religiosos nas esquinas e muitas lojas tradicionais. As pessoas são simpáticas, orgulhosas e desprendidas em relação ao turismo.

Por tudo isto, Nápoles é um lugar com alma que, como a vida, umas vezes se ama, outras se detesta.

Para o ajudar a conhecer a cidade, eis o nosso guia com o que visitar, ver e fazer em Nápoles em 1, 2 ou 3 dias, fruto da nossa recente viagem na capital da Campânia.

Índice:

vista panorâmica de nápoles

Informações rápidas sobre Nápoles

Onde fica Nápoles: no sul de Itália (Google Maps);

População de Nápoles: cerca de 1 milhão de habitantes (3º cidade mais populosa de Itália);

Língua: apesar do italiano ser a língua oficial, nas ruas ouve-se frequentemente o (difícil de entender) idioma napolitano;

Principais atrações turísticas de Nápoles: centro histórico (Património Mundial);

Quando visitar Nápoles: apesar dos meses mais chuvosos serem entre Novembro e Março, qualquer altura é boa para visitar Nápoles. No entanto, se quiser aproveitar para conhecer também a Costa Amalfitana e Capri, os melhores meses para o fazer são Maio, Junho e Setembro, porque normalmente está bom tempo e evitam-se as multidões de Julho e Agosto;

Quanto tempo ficar em Nápoles: um dia é suficiente para conhecer o centro histórico (Património Mundial), mas precisará de mais um se quiser visitar outras zonas como o Bairro Espanhol e a zona de Toledo/Plesbicito, e de três se quiser explorar um lado menos conhecido da cidade.

Como chegar a Nápoles

De avião

  • Voos diretos: Lisboa – Nápoles (TAP e Ryanair). Duração: ~3 horas;
  • Se viajar do Porto, terá de fazer um voo com escala.

De comboio

Nápoles tem boas ligações de comboio quer com as principais cidades italianas quer com as maiores atrações da região, incluindo Pompeia e Sorrento (a porta de entrada para a Costa Amalfitana).

De barco

Também há boas ligações de ferry, por exemplo com Capri e Sorrento.

Como ir do aeroporto ao centro da cidade

Distância: 7 km

De autocarro

A melhor forma para ir do aeroporto até ao centro de Nápoles é usar os “shuttle bus” da Alibus. Apanham-se uns 50 metros à frente da saída do terminal do aeroporto e deixam-no na Praça Garibaldi (junto à estação central de comboios, a partir de onde há metro e autocarros) – ou então no Porto de Nápoles.

De táxi

Do aeroporto para a estação central de comboios, ou vice-versa, o trajeto de taxi tem uma tarifa fixa de 18€ e de 21€ para a zona do porto. Existem também tarifas fixas para outros pontos do centro da cidade, que vão até 27€. Para destinos sem tarifa fixa, aplica-se o valor do taxímetro (preços em 2022).

Como se deslocar em Nápoles

A pé

Andar a pé é certamente a melhor forma para conhecer Nápoles.

De transportes públicos

Se preferir, a cidade também conta com um bom sistema de transportes públicos.

Há um bilhete diário que permite andar em todos: metro, autocarros, funiculares e elétricos. Preço: 3,5 EUR (em 2022).

De carro

Não recomendamos conduzir em Nápoles, porque o trânsito é caótico e é difícil encontrar um lugar de estacionamento.

Se o seu plano é fazer uma “roadtrip” pelo sul de Itália, o melhor é deixar Nápoles para o final da viagem e entregar o carro no aeroporto antes de visitar a cidade.

Onde ficar em Nápoles

Na nossa opinião, a melhor zona para pernoitar em Nápoles é entre o Centro Histórico e a Via Toledo, porque a partir daí poderá visitar praticamente tudo a pé.

Onde (gostámos de) dormir: Monteoliveto 33, um alojamento local muito bem decorado, perto das principais atrações turísticas de Nápoles: do centro histórico, da via Toledo, do Bairro Espanhol e da Praça do Plebiscito. Não podia estar mais bem situado!

Ver outras opções de alojamento em Nápoles

O que fazer em Nápoles – Roteiro de 1 dia: Centro Histórico (Património Mundial)

Museu Arqueológico Nacional de Nápoles (A)

Neste museu, certamente o melhor de Nápoles, exibem-se inúmeros achados retirados de Pompeia, Herculano e outras povoações destruídas pela erupção do Vesúvio, além de milhares de artefactos das épocas gregas, romanas e renascentista.

Site oficial: museoarcheologiconapoli.it

Duomo di San Gennaro (B)

A Catedral de S. Januário é um dos templos religiosos mais importantes da cidade, fundamental para perceber a devoção fervorosa dos napolitanos ao seu santo padroeiro e o chamado “milagre de San Gennaro”.

Segundo os crentes, S. Januário poupou a cidade à destruição pela erupção do Vesúvio e o seu sangue é sinal de bom ou mau presságio para a cidade, dependendo do facto de se revelar líquido ou não. Nos dias 19 de setembro, 16 de dezembro e no primeiro sábado de maio, as ampolas onde este está guardado são levadas em procissão para o exterior da catedral, onde milhares de pessoas afluem na esperança de o verem se liquefazer.

Entrada gratuita.

Guglia di San Gennaro (C)

Por falar em San Gennaro, vale a pena ver o seu obelisco na bonita Praça Riario Sforza.

Via dei Tribunali (D)

É uma das ruas mais movimentadas do centro histórico, onde se concentram alguns dos principais pontos turísticos.

Via San Gregorio Armeno (E)

Há quem lhe chame “Rua do Natal”, por causa dos seus presépios.

Via San Biagio dei Librai (F)

A par da Via dei Tribunali, é uma das artérias mais concorridas do centro histórico.

Capela de San Severo (G)

Capela barroca que conserva trabalhos artísticos da autoria de alguns dos principais artistas italianos do século XVIII, entre os quais o “Cristo Velado”, uma escultura em mármore, da autoria de Giuseppe Sanmartino.

Dica: é fundamental comprar o bilhete com muita antecedência no site oficial: www.museosansevero.it

Chiesa di San Domenico Maggiore (H)

Situada na praça com o mesmo nome, esta grandiosa igreja gótica é especialmente bonita quando os vitrais enchem o interior de cor.

Entrada gratuita.

Complesso Monumentale di Santa Chiara (I)

Um complexo religioso formado por uma basílica, um mosteiro, uma cripta e um museu arqueológico. A entrada na basílica é gratuita, mas é preciso pagar para visitar o resto. Nós gostámos especialmente dos claustros, decorados com frescos e azulejos pintados à mão, e do vídeo que conta a história da basílica, destruída durante a Segunda Guerra Mundial e reconstruída, não no estilo barroco de então, mas no estilo gótico original.

Horários e preços no site oficial: monasterodisantachiara.it

Chiesa del Gesù Nuovo (J)

É a mais importante igreja jesuíta de Nápoles, cujo exterior faz lembrar a Casa dos Bicos em Lisboa. Fica na bonita Piazza del Gesù, em cujo centro está o Obelisco da Imaculada (Guglia dell’Immacolata).

Entrada gratuita.

Spaccanapoli

A rua conhecida como Saccanapoli é uma artéria longa, retilínea e estreita que, vista de cima, parece dividir o centro histórico de Nápoles em duas partes. Apesar de ser bastante famosa, não a encontrará nos mapas, porque, na verdade, é constituída por várias ruas, nomeadamente pela Via Benedetto Croce, pela Via S. Biagio dei Librai, pela Via Vicaria Vechia, prolongando-se até aos limites do centro antigo da cidade.

Se tiver tempo e interesse, também poderá visitar: 

  • Pio Monte della Misericordia: uma pequena igreja, famosa pelas Sete Obras da Misericórdia, de Caravaggio;
  • Complesso Monumentale San Lorenzo Maggiore e Napoli Sotterranea: o bilhete de entrada para visitar este complexo religioso inclui o acesso à Sala Sisto V, à Sala do Capítulo, aos claustros, a um museu sobre a história de Nápoles e ainda a uma área subterrânea onde se podem descobrir as ruínas de Neapolis, a antiga cidade greco-romana, e diversos túneis que serviram de abrigos antiaéreos na Segunda Guerra Mundial.

O que fazer em Nápoles – Roteiro de 2 dias : Bairro Espanhol, Plebiscito e Chiaia

Miradouro de San Martino (A)

Para visitar este miradouro, situado perto do Castelo Sant’Elmo, poderá apanhar um funicular na estação Montesanto. Depois é só andar um pouco, de modo a apreciar as vistas deslumbrantes sobre Nápoles e o Vesúvio, o vulcão que marca o horizonte e que constitui um dos cartões-postais mais conhecidos da capital da Campânia.

Dica: em vez de regressarmos ao centro histórico de funicular, voltámos a pé por uma escadaria, mas arrependemo-nos, porque não tem nenhuma mais valia. Além de ser um longo caminho, não tem interesse nem boas vistas. Por isso, recomendamos que regresse no funicular à Estação de Montesanto.

Mercado La Pignasecca (B)

O Mercado La Pignasecca tem lugar todas as manhãs na Via Pignasecca, perto da estação Montesanto. É um mercado pequeno, movimentado e vibrante, frequentado maioritariamente por napolitanos, onde se sente a essência da cidade.

Via Toledo (C)

Parcialmente pedonal, a Via Toledo é uma das ruas comerciais mais importantes de Nápoles, repleta de lojas de moda.

Dica: uma vez aí, aproveite para entrar na estação de metro Toledo (tem de comprar bilhete). Graças à sua escadaria, a BBC considerou-a uma das estações mais bonitas do mundo.

Quartieri Spagnoli (D)

O Bairro Espanhol, dos tempos em que Nápoles fez parte do império hispânico, é constituído por ruas perpendiculares muitos estreitas. Chegou a ser considerado um local perigoso, frequentado pela Camorra (a máfia napolitana) mas, quando o visitámos, achámos que tinha restaurantes a mais e que era demasiado turístico.

Galeria Umberto I (E)

Uma elegante galeria comercial com uma cúpula envidraçada, construída em finais do século XIX, no estilo Art Nouveau, a fazer lembrar a Galleria Vittorio Emanuele II de Milão.

Teatro San Carlo (F)

Em frente da Galeria Umberto I, fica o mais antigo teatro da Europa ainda em atividade.

Piazza Plebiscito (G)

Esta praça de traço neoclássico é uma das mais importantes de Nápoles e uma das maiores de Itália, aí se situando quatro monumentos significativos da cidade, nomeadamente:

  • Palácio Real, onde residiram os Reis de Nápoles (é possível visitar os seus aposentos e os salões reais);
  • Basílica Real de San Francesco di Paola (entrada gratuita);
  • Palazzo della Prefettura, sede do Governo Civil;
  • Palazzo Salerno, sede do Exército do Sul de Itália.

Castel dell’Ovo (H)

O Castelo do Ovo é o castelo mais antigo de Nápoles e o seu nome deriva da lenda napolitana, segundo a qual o poeta Virgílio (um mago da Idade Média) escondeu um ovo mágico nos seus alicerces – ovo, esse, que protegia o castelo e a cidade de catástrofes.

A entrada é gratuita e vale sobretudo pelas vistas a partir da Terrazza dei Cannoni, de onde se vêem o mar, o porto e o ameaçador Vesúvio.

Lungomare (I)

Um calçadão de praia, com cerca de 2 km, que segue a costa ao longo da Via Partenope e da Via Francesco Caracciolo, no elegante bairro de Chiaia, proporcionando belas vistas da baía de Nápoles e do omnipresente Vesúvio.

Se tiver tempo e interesse, também poderá visitar: 

  • Castel Nuovo: um castelo medieval do século XIII, composto por cinco torreões ligados por uma muralha de pedra e protegidos por um fosso;
  • Certosa e Museo di San Martino: um mosteiro com uma rica decoração interior, um presépio considerado um dos melhores do mundo e um museu com artefactos da era espanhola e Bourbon, situado perto do Miradouro de San Martino;
  • Palazzo Zevallos Stigliano: localizado na Via Toledo, nº 185, merece uma visita tanto pelo interior como pela galeria de arte;
  • Túnel Bourbon ou Galleria Borbonica: um espaço subterrâneo que, entre outros usos, serviu de abrigo à população napolitana em tempos de guerra e onde atualmente se encontram velhos automóveis e vespas italianas, bem como algumas relíquias da II Guerra Mundial. Achámos o preço demasiado caro, por isso não o visitámos.

O que fazer em Nápoles – Roteiro de 3 dias: Catacumbas de San Gennaro e San Gaudioso e Bairro Sanità

Catacombe di San Gennaro (A)

As catacumbas de S. Januário são o maior complexo de catacumbas cristãs no sul da Itália. Trata-se de um cemitério subterrâneo, esculpido na encosta de Capodimonte, na zona norte de Nápoles. As suas origens remontam ao século II, tendo-se tornado um famoso local de peregrinação quando os restos mortais de San Gennaro (atualmente preservados na Catedral de Nápoles) foram para aí trasladados no século V. É formado por diversas câmaras interligadas, distribuídas por dois níveis distintos, e preserva alguns dos frescos cristãos mais antigos do sul de Itália.

Dicas:

  • As visitas são sempre guiadas e foram uma das coisas que mais gostámos de fazer em Nápoles.
  • O bilhete para entrar nestas catacumbas também permite aceder à Catacumba de San Gaudioso.
  • As catacumbas de San Gennaro ficam numa zona alta, longe do centro histórico de Nápoles, mas há autocarros para lá chegar. Recomendamos que vá de autocarro e que, no final da visita, desça a pé pelo genuíno bairro Rione Sanità até à Catacumba de San Gaudioso.
  • Horários e preços no site oficial: catacombedinapoli.it

Catacombe di San Gaudioso (B)

Situadas debaixo da Basília de Santa Maria della Sanitá, estas catacumbas são o segundo mais importante cemitério da época cristã primitiva de Nápoles.

Catacombe di San Gennaro, Nápoles

Rione (Bairro) Sanità

As catacumbas de San Gennaro e de San Gaudioso foram recuperadas e abertas ao turismo por iniciativa de uma associação local. Dessa forma, foi possível financiar a sua preservação, criar emprego e valorizar o até então perigoso bairro Rione Sanitá. Graças a isso, hoje em dia pode-se passear tranquilamente pelas ruas do bairro – uma das coisas que mais gostámos de fazer em Nápoles, por ter sido um dos bairros mais autênticos que conhecemos na cidade.

Para sentir a essência de Rione Sanitá, o melhor é vaguear sem rumo pelas ruas. Não deixe, no entanto, de passar pelos seguintes locais:

  • Via Sanità (C)
  • Piazza Sanità (D)
  • Palazzo dello Spagnolo (E)
  • Via Bergini (F)
  • Porta de San Gennaro (G)

Onde (gostámos de) comer em Nápoles

Entre os restaurantes mais famosos de Nápoles estão a L’Antica Pizzeria da Michele, a Pizzeria Sorbillo e a Trattoria da Nennella. Se, como nós, não tem paciência para esperar em filas gigantescas nem para restaurantes cheios de turistas, sugerimos que experimente antes estes:

  • Tandem Ragù: um restaurante tradicional onde nos deliciámos com ragù, um dos pratos imperdíveis em Nápoles.
  • Pizzeria La Figlia del Presidente: um restaurante frequentado maioritariamente por napolitanos, onde comemos as nossas pizzas preferidas da cidade, com destaque para a de pesto.

O que provar em Nápoles

  • Sfogliatella: um doce com várias camadas de massa folhada, recheado com ricota;
  • Babà: um doce esponjoso regado com rum;
  • Pizza: património UNESCO, dizem que as napolitanas são as melhores do mundo e, ainda por cima, são baratas!
  • Ragù: pequenos pedaços de carne cozidos lentamente em conjunto com um molho à base de tomate, tão bom que, no final, é impossível não limpar o prato com pão;
  • Comida de rua frita: não só pizza frita, mas também peixe, croquetes de batata, flores de curgete, anchovas e mozarela – normalmente vendidos num cone de papel castanho ou “cuoppo”;
  • Café expresso: o de Nápoles é célebre.

O que visitar perto de Nápoles

  • Costa Amalfitana (Património Mundial): uma costa de sonho, composta por povoações encantadoras empoleiradas nas falésias, entre as quais se destacam Positano, Amalfi e Ravello;
  • Capri: uma das ilhas mais famosas do mundo;
  • Pompeia (Património Mundial): a cidade romana soterrada sob as cinzas vulcânicas durante a erupção do Monte Vesúvio em 79 d.C.;
  • Herculano: outra cidade que, à semelhança de Pompeia, ficou soterrada aquando erupção do Vesúvio;
  • Reggia di Caserta (Património Mundial): Palácio Real de Caserta e os seus extensos jardins;
  • Reggia di Capodimonte: o palácio real de verão dos Bourbon, incluindo um museu de arte e um bosque real;
  • Ilha de Procida: a mais pequena das 3 ilhas do Golfo de Nápoles, ideal para explorar a pé e de autocarro. A não perder: Marina Grande, Semmarezio, Terra Murata, Marina di Corricella e Marina Chiaioletta;
  • Paestum: uma importante cidade da Grécia antiga, cujas ruínas são Património Mundial, devido ao excelente estado de conservação de três templos, datados de cerca de 550 a 450 a.C.

Roteiro de viagem

Se estiver a planear combinar a sua viagem a Nápoles com uma visita a Pompeia, Costa Amalfitana e Capri, não deixe de ler o nosso roteiro de viagem.

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